Titular da coluna "dia-a-dia" do JC há dez anos, ele começou a escrever sobre as "finas e fofas" e sobre o "PIB pernambucano" - era assim que ele se referia aos "bem nascidos" do estado -, como interino da coluna social do João Alberto no DP.
Mas o por quê do post?
Simplesmente porque há dez anos eu lia a coluna dele todo dia. Quando não a lia, parecia estar me faltando algo. Lia, não para saber de fofocas, mas para me informar mesmo.
Além de que eu gostava do estilo dele escrever e das pérolas que publicava. Eu me divertia lendo suas notas. Inclusive pretendia reproduzir aqui no blog algumas das notas que eventualmente saísse na coluna dia-a-dia.
Mas agora só resta lamentar.
Descanse em paz, Orismar.
Os salões do céu muito provavelmente devem estar abertos para você.
A lenda fica.
Poeta
Além de um fino humor para escrever a coluna social, Orismar Rodrigues também era promissor poeta (até então desconhecia esse seu lado).
Portanto, reproduzo aqui um poema de sua autoria, capa do especial JC:
Obediência
Chegou a hora de partir.
Meu Rei me chama.
À sua casa vou lhe servir.
Se é doce ou amargo
o vinho que me dá de beber
não importa.
é d'Ele meu coração.
Quando os sinos dos Jerônimos soarem o tempo,
fechem-me a morada com gerânios encarnados e alecrins.
Que as serpentes arrastem sobre meu túmulo
seus ventres amaldiçoados.
Nada mais há para temer.
Lisboa, verão de 1994
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